Lula da Silva discursou perante milhares de pessoas na Avenida Paulista, em São Paulo. Aos apoiantes garantiu querer voltar a ser o "Lulinha paz e amor".
Corpo do artigo
O discurso começou com muita emoção à mistura. Lula começou por dizer: "eu quero dizer para vocês que ao completar 70 anos de idade, a passar tudo o que nós passamos juntos, a ser presidente do meu país, eleger a primeira mulher presidente do Brasil, eu pensei que nada mais pudesse me emocionar."
Na Avenida Paulista, continuou o piscar de olho aos apoiantes: "O que vocês estão fazendo hoje na Avenida Paulista, eu espero que seja uma lição para aqueles que não acreditam na capacidade do povo brasileiro. O povo brasileiro aprendeu que democracia não é um direito morto sem nunca ter sido regulamentado na Constituição. Não quer ter direito apenas a comida, quer comer e estudar de verdade. Quer acesso a educação de verdade."
Foi depois o momento alto do discurso: "Vim pensando como falar sem ficar nervoso. Na hora que a companheira Dilma me chamou, relutei muito desde agosto do ano passado a aceitar voltar ao governo. Ao aceitar voltei a ser Lulinha paz e amor. Não vou para brigar, vou ajudar a companheira Dilma a fazer as coisas que tem que fazer nesse país. Não vou achando que os que não gostam de nós são menos brasileiros que nós."
[twitter:710962487907188736]
Falou olhos nos olhos do povo que o apoia e atacou quem está contra o Governo do PT: "eles que se dizem pessoas estudadas, sociais democráticas [...] vestem verde e amarelo porque acham que são mais brasileiro do que nós. Corte uma veia para ver se sai sangue vermelho como o nosso? Eles querem viajar para Miami, eu viajo para o Rio Grande do Norte, para a Bahia, eu viajo pelo Brasil."
Licões de democracia? Lula não precisa delas: tem gente nesse país que fala em democracia da boca para fora. Eu perdi eleição em 1989, em 1994, em 1998. Já tinha perdido em 1982 para o governo de São Paulo. Em nenhum momento vocês viram eu ir para a rua protestar contra quem ganhou."
Lula discursava em cima de uma carrinha e, por várias vezes, trocou de palanque para falar diretamente com todos os que ali estavam aos seus apoiantes disse que "se a gente não conseguir convencer as pessoas a mudarem de ideia, a gente tem que convencer que a democracia é acatar a maioria do voto do povo brasileiro."
Já depois de garantir que "não vai ter golpe", o antigo Presidente brasileiro termina dizendo aos presentes: "talvez vocês não tenham noção do bem que vocês fizeram para a democracia brasileira."