Presidente do Brasil fará artroplastia para curar dor permanente na anca e terá de governar a partir de casa, o Palácio do Alvorada. Segundo a imprensa, o vice-presidente substitui-o oficialmente e a primeira-dama informalmente.
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Lula da Silva vai ser operado nesta sexta-feira em Brasília a uma lesão na anca que o incomoda há alguns anos e deve ficar afastado do Palácio do Planalto, local de trabalho dos presidentes do Brasil, por um período não inferior a três semanas.
Por sua vez, Lula está proibido pelos médicos de fazer viagens ao estrangeiro por cerca de um mês e meio - e nos primeiros oito meses de mandato, o chefe de Estado brasileiro viajou bastante, visitando nada menos do que 19 países.
Lula, porém, já garantiu que vai governar, na medida do possível, do Palácio da Alvorada, a residência oficial dos presidentes.
Durante a sua ausência, cabe oficialmente a Geraldo Alckmin, vice-presidente eleito, representar o país, no entanto, há rumores de que, oficiosamente, Janja da Silva, a primeira-dama, dividirá, ainda que informalmente, as funções.
Veículos de comunicação social conotados com a extrema-direita chamaram-na mesmo de "vice-presidente Janja" depois de ela ter sido incluída numa comitiva com ministros por determinação de Lula e de ter resolvido, sozinha, uma crise no ministério da Igualdade Racial.
Controvérsias políticas à parte, a cirurgia será realizada no Hospital Sírio Libanês, na capital federal do Brasil, deve durar mais de duas horas, requer anestesia geral e vai manter o presidente de baixa hospitalar até terça-feira.
A operação, único remédio para a dor permanente na região da anca de Lula, que completa 78 anos no próximo mês, chama-se artroplastia e vai substituir a cabeça do fémur do presidente por um implante.