Os ex-Presidente do Brasil Lula da Silva e Dilma Rousseff, dois ex-ministros das Finanças e um ex-tesoureiro do PT estão acusados de terem desviado dinheiro da petrolífera Petrobrás para benefícios políticos.
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A decisão do juiz federal Vallisney de Souza Oliveira, da 10º Vara Federal do Distrito Federal, levou a que Lula da Silva, Dilma Rousseff, os ex-ministros das Finanças Guido Mantega e Antonio Palocci e o ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto sejam considerados arguidos no caso "quadrilhão do PT", onde serão julgados por alegada organização criminosa.
"Considero ser a denúncia idónea e formalmente apta a dar início à presente ação penal contra os denunciados, razão pela qual a recebo", escreveu o juiz.
A denúncia contra os elementos do Partido dos Trabalhadores (PT) apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR) em 2017 foi aceite, esta sexta-feira, pela justiça. Na altura, segundo recorda o UOL, o procurador acusou os petistas de integrarem uma organização criminosa que terá cometido diversos crimes de formação de cartel, corrupção e lavagem de dinheiro.
A denúncia em causa revela que Lula da Silva, Dilma, os ministros das finanças Antonio Palocci e Guido Mantega e o ex-tesoureiro do PT Vaccari Neto terão lesado a petrolífera estatal Petrobrás em 1,5 mil milhões de reais, cerca de 300 milhões de euros, entre 2003 e 2016, altura em que Lula e Dilma presidiram o país. No esquema estará em causa o desvio de dinheiro da petrolífera Petrobrás para pagar campanhas e benefícios políticos.
Lula de Silva é considerado o responsável pela organização criminosa e por ter feito o "desenho do sistema de arrecadação da propina" ao negociar cargos para obter apoio político de partidos.
Esta é a primeira vez que a ex-Presidente brasileira se tornou arguida na justiça. Já Lula da Silva está detido desde abril de 2018 pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro no caso do triplex em Guarujá.