O lusodescendente Ludovic Mendes, do partido A República em Marcha!, foi eleito deputado na segunda volta das eleições legislativas em França, e fala "numa forma de revolução".
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"Hoje respondemos ao que esperavam os franceses e agora vamos tentar unir o maior número de pessoas possível. É uma forma de revolução porque ganhámos as presidenciais e agora ganhámos a assembleia. Ou seja, com boas ideias e as boas pessoas é possível fazer algo grande", afirmou o empresário de 30 anos.
Na 2.ª circunscrição de Moselle, Ludovic Mendes venceu 52,40% dos votos o candidato de Os Republicanos, Jean François, que obteve 47,60 dos votos.
O lusodescendente foi um dos quatro primeiros "marchadores" do movimento de Emmanuel Macron no seu distrito, tendo sido o responsável dos "Jovens com Macron" na região, após ter deixado o PS no ano passado. A conquista de uma maioria absoluta na Assembleia, ainda que abaixo das projeções apontadas na primeira volta, é para o novo deputado "de muito bom augúrio".
Com origens portuguesas, também foram eleitas Anne-Laure Cattelot, de A República em Marcha!, na 12.ª circunscrição do Norte, e a deputada socialista cessante Christine Pires Beaune, na 2.ª circunscrição de Puy-du-Dôme.
Pelo Partido Socialista, Christine Pires Beaune venceu por 63,21% dos votos o candidato de A República em Marcha!, Mohand Hamoumou, na segunda circunscrição de Puy-du-Dôme, no centro de França.
"Estou muito contente, feliz com este resultado que esperávamos, um pouco, mas estou surpreendida pela dimensão da minha vitória", disse à agência Lusa a também conselheira municipal da localidade de Ménétrol.
Face à crise que vive o Partido Socialista, depois da derrota nas presidenciais e perante os resultados provisórios que apontam para a eleição de 48 deputados, Christine Pires Beaune lembrou que "em 1993 só houve 57 deputados PS na Assembleia Nacional".
Agora, a deputada reeleita avisa que "é preciso trabalhar" e promete ser "ativa, construtiva e muito vigilante", estando disposta a votar "leis Macron" se considerar "que vão no bom sentido".
Com origens portuguesas, também foram eleitos, com a etiqueta do movimento A República em Marcha!, Anne-Laure Cattelot (12.ª circunscrição do Norte) e Ludovic Mendes (2.ª circunscrição de Moselle).
Dos candidatos lusodescendentes na corrida eleitoral, foram eliminados os candidatos "em marcha" Otília Ferreira (1.ª circunscrição de Charente-Maritime) e Paulo da Silva Moreira, (1.ª circunscrição de Yonne).