Wang Baoan foi expulso do Partido Comunista por gostar de luxo e usar a sua posição para obter favores sexuais, anunciou esta sexta-feira uma comissão oficial.
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Wang Baoan dirigiu até janeiro o gabinete nacional de estatísticas, organismo encarregado de calcular e anunciar os indicadores económicos do país. Um inquérito foi aberto contra o dirigente no mesmo mês, algumas horas depois de Wang ter assistido a uma conferência de imprensa sobre a economia chinesa.
Em comunicado, a comissão central de inspeção disciplinar, o órgão anticorrupção do Partido Comunista Chinês (PCC), considerou Wang "desprovido de qualquer fé política".
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Wang Baoan "participava regularmente em atividades supersticiosas, violava gravemente as regras e a disciplina política e expressou opiniões contrárias às do comité central do PCC sobre questões maiores", indicou.
A exatidão das estatísticas económicas chinesas foi questionada regularmente, e alguns detratores argumentaram que podiam ser alvo de manipulação política.
Wang é o último alvo de uma vasta campanha anticorrupção realizada por Pequim, desde a chegada ao poder do presidente Xi Jinping em 2013, uma operação por vezes suspeita de servir as intensas lutas de poder internas no PCC.
A comissão descreveu Wang Baoan como um homem "em falência moral", apreciador de hotéis de luxo, amante de divertimentos dispendiosos e que usava a sua posição para obter favores sexuais. "Wang aceitou presentes e dinheiro e usou a sua influência para conseguir benefícios e vantagens comerciais para familiares e outras pessoas, sendo suspeito de corrupção", de acordo com o mesmo comunicado.
O dossiê de Wang Baoan vai ser entregue à Justiça, acrescentou. Os inquéritos internos do PCC terminam habitualmente com a exclusão do partido, antes de procedimentos legais, uma condenação e pena de prisão.