O Presidente francês defende que a União Europeia tem de impedir que a Rússia “nunca vença” a guerra que desencadeou no leste da Europa.
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O presidente francês alerta que o conflito na Ucrânia representa uma ameaça “existencial” para a Europa e pede aos aliados que estejam prontos para garantir que a Rússia “nunca vença” a guerra.
“Se a Rússia ganha a guerra, a credibilidade da Europa será reduzida a zero. O que seria da credibilidade da União Europeia, dos estados-membros, se deixássemos que isso acontecesse? O que seria da segurança dos europeus?”, questionou Emmanuel Macron, numa entrevista à France 2 e TF1.
Mais tarde, em resposta a seguidores na rede social X, o líder do Palácio do Eliseu afirmou que se a Europa deixar a Ucrânia sozinha, “certamente a Rússia irá ameaçar a Moldova, a Roménia ou a Polónia”.
Depois de em fevereiro ter causado alguma controvérsia a nível interno e externo, ao não descartar o envio de tropas para a Ucrânia, Macron garante que a França “nunca tomará a iniciativa” de combater diretamente com a Rússia.
Mas, nesta entrevista, o presidente francês reitera que não se deve “descartar qualquer opção”. Perante a “escalada” de Moscovo, “devemos dizer que estamos prontos para responder”, disse.
"Se a situação se deteriorar, devemos estar prontos e estaremos prontos para tomar as decisões necessárias para que a Rússia nunca vença" na Ucrânia, afirmou.
A "segurança" dos franceses depende da "derrota da Rússia" na Ucrânia, argumentou, dizendo que aqueles que "impõem limites" ao apoio à Ucrânia "estão a escolher a derrota".
A guerra na Ucrânia será o foco da reunião prevista para esta sexta-feira em Berlim entre Macron e os chefes de governo da Alemanha, Olaf Scholz, e da Polónia, Donald Tusk.
*com AFP