O Presidente interino da Venezuela apelou a Barack Obama para impedir um eventual atentado contra a vida do líder da oposição, Henrique Capriles, antes das presidenciais de 14 de abril.
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«Lanço daqui um alerta ao presidente Barack Obama e ao Governo dos Estados Unidos da América que funcionários do Pentágono e da CIA, com a colaboração de Roger Noriega e Otto Reich, estão por trás de um plano para assassinar o candidato presidencial de direita para criar o caos na Venezuela», disse Nicolas Maduro.
Roger Noriega foi o representante norte-americano na Organização dos Estados Americanos (OEA) e Otto Reich foi embaixador na venezuela.
Durante uma entrevista com o jornalista José Vicente Rangel, no Palácio Miraflores, em Caracas, transmitida este domingo pelo canal privado Televen, Maduro afirmou que tem «informações de fontes seguras» de que estes planos visam «atirar a culpa para cima do governo bolivariano e criar o caos na Venezuela».
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Na quarta-feira, Nicolas Maduro já tinha denunciado o envolvimento de elementos da extrema-direita venezuelana numa tentativa de assassinato de Henrique Capriles.
Maduro já garantiu que o seu Governo vai oferecer «proteção a todos os candidatos presidenciais», especialmente a Capriles.
O líder da oposição venezuelana, governador do Estado de Miranda, divulgou uma mensagem no Twitter, alegando que Maduro será acusado de «qualquer coisa que aconteça».
Washington e Caracas não têm relações diplomáticas desde que Chávez chegou ao poder, em 1999, e não têm embaixadores nas suas capitais desde 2010.
A Venezuela acusou os Estados Unidos em várias ocasiões de terem planeado derrubar ou matar Chávez e de tentarem desestabilizar o Governo.