Apesar de não estar presente na Cimeira da Amazónia por "recomendação médica", o Presidente venezuelano manifesta nas redes sociais a vontade de "avançar" para garantir a sobrevivência da Amazónia.
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O Presidente venezuelano, Nicolás Maduro, manifestou apoio e convocou esta terça-feira as nações reunidas na IV Cimeira da Organização do Tratado de Cooperação Amazónia (OTCA) a avançar no "reflorestamento, saneamento e recuperação" da maior floresta tropical do planeta.
"Com trabalho, esforço e um plano concreto, pronto para a ação, vamos avançar juntos no reflorestamento, saneamento e recuperação da Amazónia, pelo bem-estar de nossos povos indígenas", disse Maduro, numa mensagem publicada na rede social Twitter.
Con trabajo, esfuerzo y un plan concreto, listo para la acción, avancemos unidos en la reforestación, saneamiento y recuperación del Amazonas, por el bienestar de nuestros pueblos indígenas. Estamos encaminados hacia una nueva humanidad. ¡Sí se puede!
- Nicolás Maduro (@NicolasMaduro) August 8, 2023
O Presidente da Venezuela não participa da Cimeira da Amazónia, que começou esta terça-feira na cidade brasileira de Belém, mas enviou o vice-presidente, Delcy Rodríguez.
Desde a véspera que Maduro, que era um dos líderes esperados no evento, suspendeu a agenda pública "por recomendação médica" devido a uma otite.
Nas redes sociais, o governante venezuelano disse-se encorajado a garantir a sobrevivência da Amazónia e garantiu que as nações que a compõem caminham "para uma nova humanidade".
No arranque da IV Cimeira dos Presidentes que compõem o bioma Amazónico, o Presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, apelou a um "urgente" reatamento da cooperação na Amazónia.
Esta é a primeira reunião do bloco desde 2009. Além de Lula da Silva, participam os presidentes da Bolívia, Luis Arce, Colômbia, Gustavo Petro, e do Peru, Dina Boluarte.
Estão ausentes os governantes Guillermo Lasso (Equador), Chan Santokhi (Suriname) e Irfaan Ali (Guiana) por vários motivos, embora os seus países sejam representados por membros de seus gabinetes.
No final deste primeiro dia, os países divulgarão uma declaração conjunta que incluirá "novas tarefas e metas" para a preservação da floresta amazónica, segundo o discurso de abertura proferido pelo Presidente brasileiro.
Os debates da Cimeira da Amazónia serão liderados pelos representantes dos oito países do bloco e na quarta-feira as conversas serão estendidos aos países convidados, incluindo Indonésia, República do Congo e República Democrática do Congo, que têm grandes áreas de floresta tropical.
São Vicente e Granadinas também estarão presentes nesta cimeira ampliada por ocupar atualmente a presidência 'pro tempore' da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac), assim como a França, pela Guiana Francesa, Alemanha e Noruega, contribuintes do Fundo Amazónia, que promove projetos sustentáveis na região.