O Presidente da Venezuela assegurou que o líder da oposição, Juan Guaidó, "não quis dar a cara" e por isso não entrou na sessão do Parlamento na qual devia ser reeleito como presidente da Assembleia.
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Juan Guaidó não conseguiu entrar na Assembleia Nacional venezuelana, sendo impedido por dezenas de polícias, enquanto no interior os deputados votavam para presidente do Parlamento o nome de Luís Parra, apoiante de Maduro.
Inicialmente era previsível que Guaidó renovasse a presidência da Assembleia Nacional, mas foi retido durante horas por polícias e finalmente parado e agredido à porta da Assembleia. No interior, ao mesmo tempo, os apoiantes de Nicolás Maduro elegiam Luís Parra, com o apoio de um pequeno grupo de deputados da oposição suspeitos de corrupção.
A Assembleia Nacional "tomou uma decisão e nomeou uma nova junta diretiva da posição, encabeçada pelo deputado Luís Parra", disse Nicolás Maduro.
Parra foi expulso do partido Primeiro Justiça, do ex-candidato presidencial Henrique Capriles, depois de se ter envolvido num escândalo de corrupção.
Maduro disse também que já se esperava desde novembro o que aconteceu no domingo, que qualificou como "uma rebelião dos próprios deputados", porque "o país repudia Guaidó como títere do imperialismo norte-americano".
Quanto à forte presença de polícias na Assembleia, o Presidente venezuelano disse que a mesma não passou do dispositivo de segurança habitual do dia da eleição do presidente do Parlamento. "A mesma operação de segurança que se montou a cada 5 de janeiro desde há 20 anos até aos nossos dias", garantiu.
O Presidente venezuelano assegurou que com esta nova direção da Assembleia Nacional será renovado o Conselho Nacional Eleitoral e serão convocadas eleições legislativas para 2020.
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