O presidente da Fatah afirmou, esta terça-feira, que o partido cometeu erros e que deve aprender com esses erros. Mahmoud Abbas acusou ainda Israel de fazer uma limpeza étnica em Jerusalém Oriental.
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No congresso da Fatah, o primeiro em 20 anos, Mahmoud Abbas disse aos delegados do partido que o mau desempenho, a falta de disciplina e a ausência de pulso na rua ditaram a derrota do partido em Gaza.
Assim, o presidente da Fatah desafiou os congressistas a corrigir o percurso e a conduzir o povo palestiniano para a liberdade e independência.
Abbas lembrou o compromisso da Fatah com a opção de paz e de negociação, mas sem fechar a porta à luta armada contra Israel.
O líder palestiniano acrescentou que se reserva a possibilidade de resistência legitima garantida pelo direito internacional.
Mahmoud Abbas teceu ainda duras criticas ao governo israelita, a quem acusa de participar numa campanha de limpeza étnica de Jerusalém Oriental.
Confrontado com estas declarações, o ministro israelita da Informação descreveu o congresso da Fatah como uma declaração de guerra a Israel.
Entretanto, Manuela Franco, do Instituto Português de Relações Internacionais da Universidade Nova de Lisboa, considerou que a Fatah tem ainda um longo e difícil caminho a percorrer.