Mais de 62% dos espanhóis defende um referendo que dê a escolha ao povo entre monarquia e república, depois de Juan Carlos ter abdicado do trono em favor do seu filho Felipe.
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Se nas Cortes de Madrid a maioria de direita bloqueia qualquer pretensão de realizar um referendo, no país, e segundo os resultados da sondagem feita pela Metroscopia para o jornal El País, seis em cada dez espanhóis querem ser consultados sobre o sistema político.
Há duas franjas de população que desejam de forma mais clara o referendo: a dos jovens até aos 34 anos - 74% dizem querer ser consultados - e a dos eleitores que, tradicionalmente, se posicionam mais à esquerda, na escala política esquerda-direita.
Dos eleitores que habitualmente votam PSOE, quase 70% defendem o referendo. Dos eleitores que votam tradicionalmente Esquerda Unida 8% querem ser consultados.
Ainda assim, e apesar do desejo de um referendo, quase metade dos espanhóis prefere uma monarquia com Felipe VI como rei (49%), face a 36% dos inquiridos que prefere uma república.
Este inquérito foi realizado através de entrevistas telefónicas a mil pessoas durante os dias 4 e 5 de junho.
O jornal La Rázon publica também hoje um outro inquérito, realizado pela empresa NC Report, entre os dias 2 e 6 de junho mediante 900 entrevistas, em que se reflete que 77,4% dos espanhóis considera bom ou muito bom o reinado de D. Juan Carlos e 89,6% entende os motivos da abdicação.
Cerca de 72% dos inquiridos mostrou-se ainda favorável à manutenção de uma monarquia estável e 87% acredita que o príncipe está preparado para assumir o trono.