Mais de 300 pessoas morreram após as graves inundações que atingiram na segunda-feira a capital da Serra Leoa. A Cruz Vermelha diz ainda que 600 pessoas estão desaparecidas.
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"Recebemos 105 crianças na morgue", afirmou, em declarações à agência noticiosa francesa France Presse (AFP), um funcionário da morgue do hospital Connaught, Mohamed Sinneh Kamara, numa altura em que o balanço oficial das inundações e dos consequentes deslizamentos de terra é de 312 mortos.
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Cerca de 600 pessoas continuam desaparecidas, indicou a Cruz Vermelha, relatando que as inundações e os deslizamentos de terra registados em Freetown surpreenderam muitos habitantes durante o sono.
As operações de resgate para tentar encontrar possíveis sobreviventes prosseguiam hoje na capital da Serra Leoa. Os primeiros funerais de vítimas foram realizados na terça-feira.
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Os sobreviventes destes trágicos acontecimentos estão a enfrentar entretanto condições muito difíceis. De acordo com a organização não-governamental Concern Worldwide, estas pessoas estão a precisar de alimentos, água potável e ajuda médica.
As autoridades abriram um centro de acolhimento em Freetown para prestar auxílio aos mais de três mil desalojados do bairro Regent, uma das zonas da cidade mais afetadas pela intempérie onde uma colina desmoronou e destruiu habitações.
As inundações constituem um perigo frequente na Serra Leoa, onde as habitações feitas com materiais precários são regularmente destruídas pelas chuvas torrenciais.
Em 2015, inundações fizeram 10 mortos e milhares de desalojados na capital.