Mais de 100 mil pessoas concentram-se hoje no monumento a Abraham Lincoln, em Washington, para comemorar o 50.º aniversário da marcha liderada pelo reverendo Martin Luther King.
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A organização preparou fortes medidas de segurança nos acessos ao monumento a Lincoln, face às estimativas, segundo as quais são esperadas mais de 100.000 pessoas nos atos que se realizam hoje na capital federal norte-americana.
Segundo a Agência Efe, para Washington dirigiram-se cidadãos de todos os Estados norte-americanos, que começaram a tomar posições à volta do lago artificial junto ao monumento, prontos para uma jornada celebrativa e reivindicativa dos Direitos Cívicos nos Estados Unidos.
«Não pude vir à marcha há 50 anos, o que lamento muitíssimo, por isso venho hoje aqui. O que se passou ultimamente com a legislação sobre o direito de voto e sobre as armas é demais» , disse Thomas Harris, que veio de Atlanta, na Geórgia.
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«Estamos a retroceder. O que nos ensinou Martin Luther King é que temos que respeitar todas e cada uma das pessoas, e falta muito para caminhar nesse sentido», acrescentou.
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Foi há cinquenta anos que o pastor protestante ergueu a voz e pediu o fim do racismo nos Estados Unidos da América, encabeçando uma marcha de apoio à proposta legislação dos direitos cívicos que Kennedy tentava fazer aprovar.
O discurso, na escadaria do monumento a Lincoln, no coração de Washington, foi testemunhado em direto por 250 mil pessoas e, através da rádio, por muitos mais.
King disse que tinha um sonho: a igualdade de direitos independentemente da cor da pele: igualdade no acesso ao emprego, no direito ao voto, na protecção contra a violência.