Milhares de sírios voltaram à rua para contestar o regime de Bashar al-Assad. Deraa, Homs e Hama são as cidades onde se registaram os maiores confrontos do "Dia do Desafio na Síria".
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O último balanço, dado pelo director da Organização Nacional para os Direitos Humanos na Síria, dá conta de mais 21 pessoas que morreram, a maioria no centro da cidade de Homs. Entre as vítimas há quatro polícias e um militar.
Esta sexta-feira, já conhecida como o Dia do Desafio na Síria, milhares de pessoas, que saíram novamente às ruas para contestar o regime, tentaram deslocar-se para Damasco, mas as forças de segurança bloquearam os acessos à capital.
Testemunhas citadas pela televisão BBC relatam que, em Damasco, os manifestantes envolveram-se em confrontos com os militares junto a uma mesquita.
Deraa, Homs e Hama foram as cidades onde se registou maior violência, havendo relatos de que as forças de segurança dispararam sobre a multidão, tendo várias pessoas ficado feridas.
Em Bruxelas, foram confirmadas sanções europeias contra o regime de Bashar al-Assad, como a proibição de emissão de vistos contra 14 líderes sírios e congelamento de bens.
O regime sírio é alvo de contestação há cerca de dois meses. Várias organizações apontam para a morte de pelo menos 500 pessoas, sendo que há mais de 2500 detidos pelas forças de segurança do presidente Bashar al-Assad.
Esta sexta-feira, o governo autorizou a entrada de uma equipa humanitária das Nações Unidas na Síria, na cidade de Deraa, que tem sido palco de violentos confrontos, para investigar os casos de violência nas manifestações anti-regime.