A informação é avançada pelo jornal turco BirGun. As crianças entre os 8 e os 12 anos foram vítimas de um funcionário de um campo de refugiados de Nizip.
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Os abusos prolongaram-se durante um período de três meses, no ano passado, no campo de refugiados turco de Nizip, na zona de Gaziantep, perto da fronteira com a Síria.
São mais de trinta crianças sírias, com idades entre os oito e os 12 anos, que foram vítimas de abusos sexuais e violações por parte de um funcionário.
Fontes militares disseram ao jornal de Ancara que as suspeitas levaram os soldados a descobrir os factos que foram depois denunciados às autoridades judiciais, em setembro de 2015.
Altas patentes militares classificaram os acontecimentos como "um desastre" e responsabilizaram a Agência Estatal de Emergência (AFAD), que gere o campo, pelos abusos sexuais e violações dos menores.
Os militares começaram a suspeitar do comportamento do violador, identificado pelo jornal com as siglas E.E., porque levava crianças para zonas do campo que não estavam protegidas pelo sistema de videovigilância.
O homem, funcionário da limpeza do campo, confessou os abusos e violações, adiantando que oferecia às vítimas entre 45 cêntimos a um euro para manterem silêncio.
Apenas oito famílias denunciaram os abusos, sendo que, de acordo com o jornal, as restantes famílias mantiveram-se em silêncio por recearem represálias.
No acampamento, situado a 50 quilómetros da fronteira síria, encontram-se cerca de 14 mil pessoas que fugiram da guerra na Síria.