Mais de cinco mil pessoas em quarentena em Pequim após homem quebrar confinamento
Segundo as autoridades, o homem, residente em Pequim, "saiu muitas vezes, e esteve envolvido na comunidade, arriscando-se a espalhar o vírus", antes dele e a sua mulher testarem positivo à Covid-19.
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Um homem está a ser julgado após escapar ao isolamento obrigatório imposto pelas regras associadas à Covid-19, na China. Devido a comportamentos considerados de risco, as autoridades foram obrigadas a decretar um período de quarentena a mais de cinco mil vizinhos, noticia o The Guardian. Mais tarde, o cidadão de Pequim testou positivo ao coronavírus, numa altura em que a capital chinesa continua com a política de zero casos.
Na passada segunda-feira, as autoridades disseram ao homem, com cerca de 40 anos, que se tinha de isolar em casa após ter entrado num centro comercial da região, considerado uma área de risco. Agora alegam que, durante o seu período de isolamento, o cidadão "saiu muitas vezes, e esteve envolvido na comunidade, arriscando-se a espalhar o vírus", antes dele e a sua mulher testarem positivo, cinco dias depois.
Conhecendo o resultado, as forças policiais ordenaram que as 258 pessoas que viviam no edifício onde residia o caso positivo fossem para o centro de quarentena do Governo chinês, e que as mais de cinco mil que viviam na zona residencial ficassem em casa.
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A China impôs duras restrições à população para travar potenciais surtos da variante Ómicron. A política de "Covid zero" praticada pela China foi criticada pelo impacto negativo na economia e na população, particularmente em Xangai, mas o líder do país, Xi Jinping, espera que a lei continue, defendendo que a medida foi posta em prática de forma "científica e eficaz".
O país é a última grande potência mundial empenhada numa política de contenção e eliminação do vírus, mantendo-se fiel às medidas empregadas durante toda a pandemia.
O bloqueio causou crises em Xangai, com escassez de alimentos e problemas de entregas para os 25 milhões de residentes, com grandes impactos económicos e empresariais. Além disso, também provocou uma escalada invulgar de críticas e protestos, inclusive sobre a vontade de persistir com a política "zero Covid" contra a Ómicron.
Até ao último relatório sobre a pandemia, a China anunciou 4696 novos casos de Covid-19, incluindo 4269 em Xangai e 70 em Pequim. Devido à pandemia, esta sexta-feira, o país adiou a realização dos Jogos Asiáticos, previstos para setembro em Hangzhou.