O grupo terrorista Daesh reivindicou hoje a responsabilidade pelos atentados próximos da mesquita xiita de Sayyida Zeinab, a sul de Damasco, que causou a morte a pelo menos 60 pessoas e ferimentos em mais de 110.
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Numa declaração posta a circular na comunicação social, o grupo 'jihadista' referiu que dois dos seus membros fizeram detonar os coletes com explosivos e ainda um carro armadilhado próximo da mesquita.
Segundo a agência noticiosa oficial síria, Sana, o balanço do número de vítimas das três explosões, com bombistas suicidas, aponta para 60 mortos e 110 feridos.
A televisão estatal síria, que também noticiou duas explosões, descreveu-as como atos "terroristas".
Este atentado coincide com o início das negociações, em Genebra, entre o regime e a oposição sírias. Tanto o governo como a oposição já se reuniram - em separado - com o mediador da ONU.
O chefe da delegação governamental já veio dizer que as explosões provam que há uma ligação entre a oposição e o terrorismo e que esta ação pretende elevar o moral das forças da oposição depois da série de derrotas sofridas nos últimos meses.
Os opositores acusam Bashar Al Assad de, com esta ida a Genebra, querer apenas ganhar tempo para matar mais pessoas. E reafirmam que só voltam a negociar quando houver gestos para resolver, de facto, o problema humanitário.
A mesquita Sayyida Zeinab - que contém o túmulo de uma neta do profeta Maomé e é particularmente venerada como local de peregrinação pelos muçulmanos xiitas - já foi alvo de outros ataques, incluindo um em fevereiro de 2015, quando dois atentados suicidas mataram quatro pessoas e feriram 13 num posto de controlo perto do santuário.
No mesmo mês, uma explosão num autocarro que transportava peregrinos xiitas libaneses com destino a Sayyida Zeinab matou pelo menos nove pessoas, tendo o atentado sido reivindicado pela Frente Al-Nosra, afiliada da Al-Qaida.