A violência na Síria fez hoje pelo menos 62 mortos em todo o país, sendo a maioria civis abatidos pela repressão das tropas do regime, de acordo com o último balanço do Observatório Sírio dos Direitos do Homem (OSDH).
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Trinta e cinco civis morreram nas operações militares em Homs e Hama (centro), Idleb (noroeste) e Deraa (sul), precisou a OSDH. Também 18 soldados e nove desertores morreram nos combates nestas regiões e também em Lattaquie (noroeste).
O maior número de mortes foi registado na província de Idleb, onde 17 civis perderam a vida debaixo de tiroteios das forças governamentais. Dez destas vítimas seguiam num autocarro que se destinava à Turquia.
Doze outros civis foram mortos a tiro pelas tropas do regime na província de Homs, cinco em Hama e um em Deraa, acrescenta a organização.
Do lado das tropas do regime sírio, sete soldados morreram em Homs, dois em Hama, três em Idleb, cinco em Lattaquie e um em Deraa. Entre os militares dissidentes, seis morreram em Homs, dois em Lattaquie e um em Idleb.
Estes atos de violência ocorreram apesar do apelo das Nações Unidas para um cessar-fogo, que foi entretanto criticado pela oposição. Damasco acentua a repressão de cada vez que surge uma iniciativa diplomática para pôr fim à violência, que já causou mais de nove mil mortos desde o início da revolta popular, há um ano, segundo o OSDH.
O regime sírio não reagiu à declaração da ONU, aprovada na quarta-feira, «exortando» o presidente Bashar al-Assad e os seus opositores a «aplicarem imediatamente» o plano de saída da crise de Kofi Annan, emissário da ONU e da Liga Árabe.