Uma sondagem revela que o antigo director do FMI perdeu a credibilidade como político. Strauss-Kahn dá, este domingo, a primeira entrevista desde que foi detido por suspeita de abuso sexual.
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É o anúncio esperado por 53 por cento dos franceses, na primeira entrevista de Dominique Strauss Kahn, depois do encerramento do caso sobre alegadas agressões sexuais contra uma empregada de hotel em Nova Iorque, nos Estados Unidos.
Mais de metade dos inquiridos espera que o antigo director do FMI (Fundo Monetário Internacional) abandone a vida política. Mas há ainda 22 por cento dos entrevistados que gostavam de ouvir Strauss Kahn a anunciar a candidatura à presidência francesa, enquanto 34 por cento esperam que ele anuncie o apoio a outro candidato socialista.
Quase metade dos inquiridos espera que Strauss Kahn explique o papel que quer desempenhar na campanha para as eleições presidenciais. Aliás, os franceses esperam que seja uma entrevista com olhos postos no futuro.
Mais do que explicações sobre o que aconteceu no quarto de hotel em Nova Iorque, 64 por cento esperam que o antigo líder do Fundo Monetário Internacional realize um diagnóstico da crise económica e financeira, apontando eventuais soluções para o problema.
Apesar destas expectativas, a entrevista a TF1 é considerada como um delicado exercício de explicações, embora há quem desconfie também de uma manobra de propaganda, já que a jornalista que vai fazer a entrevista é uma amiga da mulher de Strauss Kahn, a antiga jornalista Anne Sinclair.