A imagem de cansaço de quem está a executar ordem de compra e venda já há vários dias que se tornou comum em Wall Street. Esta quinta-feira não foi exceção. As ações dos principais títulos voltaram a cair, após os ganhos na quarta-feira
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As bolsas norte-americanas voltaram a terreno negativo esta quinta-feira, devolvendo parte dos enormes ganhos que se seguiram à decisão do presidente Donald Trump, na quarta-feira, de adiar muitas de suas tarifas abrangentes sobre dezenas de países, enquanto os investidores avaliavam o status de sua guerra comercial global e o impacto de impostos ainda mais severos sobre a China, revela a Reuters.
O índice S&P 500 caiu 4,0%, enquanto o Nasdaq perdeu 4,8% e o Dow Jones Industrial Average (DJI) recuou 2,8%.
Os mercados ainda animaram após a decisão repentina de Trump, de congelar a maioria das suas novas e pesadas taxas durante 90 dias, mas o alívio foi temporário e as dificuldades voltaram depois do novo agravamento das tarifas à China.
A abordagem de Trump está a deixar as empresas cada vez mais preocupadas com as possíveis consequências das tarifas e preparam-se para lutar contra a incerteza e sobre o que poderá acontecer daqui a três meses.
A sua reviravolta do presidente Trump, aconteceu menos de 24 horas após a imposição das tarifas e após o episódio mais intenso de volatilidade do mercado financeiro, desde os primeiros dias da pandemia da COVID-19 e os investidores aguardam por novos capítulos da guerra comercial com a China e pela resposta da UE prometida para a próxima terça-feira, já depois de adiar o lançamento de “contratarifas” sobre cerca de 21 mil milhões de euros (23,25 mil milhões de dólares) de importações dos EUA.
A Europa parece ainda estar a avaliar a resposta à subida de 25% da taxa sobre o aço e o alumínio e como responder à manutenção de mais 10% da tarifas automóvel, que se mantêm em vigor.
Ursula von der Leyen, presidente da Comissão Europeia já fez saber que se as negociações com os EUA não forem satisfatórias, a resposta pode ser um agravamento de tarifas europeias, mas escreve na sua conta do X: "Queremos dar uma oportunidade às negociações."
A administração Trump está perto de fechar acordos com alguns países, disse Hassett aos jornalistas na Casa Branca na quinta-feira.
"O USTR informou-nos que talvez 15 países tenham feito ofertas explícitas que estamos a estudar, considerando e decidindo se são suficientemente boas para apresentar ao presidente", acrescentou Hassett, referindo-se ao representante comercial dos EUA.
