Na altura em que o antigo Presidente brasileiro foi levado para ser interrogado acerca de um elaborado esquema de corrupção, um grupo de apoiantes juntou-se à porta da sua casa. A polícia acabou por carregar sobre os manifestantes.
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Luiz Inácio Lula da Silva foi levado esta manhã para ser ouvido pela Polícia Federal. As autoridades pretendem que o antigo presidente do Brasil explique a razão pela qual recebeu 7,2 milhões de euros, através das suas empresas, pagos por construtoras investigadas na "Operação Lava Jato".
Segundo o procurador Carlos Fernando dos Santos Lima, que faz parte do grupo de trabalho da Lava Jato em Curitiba, entre 2011 e 2014 seis empresas envolvidas nos escândalos de corrupção da Petrobras teriam doado 20 milhões de reais ao Instituto Lula.
Destas seis, cinco também teriam pagado outros 10 milhões de reais por palestras dadas pelo ex-presidente.
Lula da Silva foi o principal implicado na 24.ª fase da operação Lava Jato, batizada de operação Aletheia (que significa "verdade" em grego), realizada na manhã de hoje pela Polícia Federal e que está ligada ao caso de alegada corrupção na Petrolífera Petrobras.
O procurador afirmou, porém, que não existe nenhum mandado de prisão contra o ex-Presidente brasileiro.
As imagens dão conta do momento em que as autoridades estavam na casa do antigo Presidente do Brasil acabando depois por leva-lo para as instalações da Polícia Federal para as inquirições.
A manifestação de apoio acabou por ganhar contornos violentos e houve alguns feridos.
Lula da Silva reage
Foi em conferência de imprensa que o ex-Presidente brasileiro reagiu às buscas realizadas em sua casa e ao inquérito de que foi alvo. Lula da Silva diz que é um desrespeito pela democracia, criando um circo mediático em vez de uma investigação séria.
Lula alega que já tinha respondido às questões formuladas pela polícia e que não é o dono das propriedades de luxo que os investigadores suspeitam que lhe tenham sido oferecidas enquanto subornos.