Várias centenas de apoiantes do grupo de extrema-direita English Defence League (EDL) participaram num protesto em Londres marcado por uma grande presença policial e uma contra-manifestação de militantes anti-fascistas.
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Os organizadores pretendiam manifestar-se contra «os perigos do crescimento descontrolado do islamismo extremista» no bairro de Tower Hamlets, no leste da cidade, onde reside uma numerosa população muçulmana.
Mas as fortes restrições policiais impediram que ficassem aquém, ainda dentro dos limites da City, o bairro vizinho onde está concentrada a indústria financeira em Londres.
Os participantes estavam também proibidos de exibir cartazes ou faixas antes de chegar ao local do protesto, mas alguns desafiaram as ordens das autoridades.
Num estandarte artesanal era possível ler «Leis Sharia destruirão todos os valores britânicos», empunhado entre muitas bandeiras de Inglaterra ou do Reino Unido.
A iniciativa motivou a proibição pelo Governo, há uma semana, de quaisquer marchas de protesto em seis bairros londrinos durante 30 dias, a pedido da Polícia, por receio de reiniciar violência na capital.
Mas a EDL insistiu e realizou um protesto «estático», levando as autoridades a mobilizar cerca de três mil agentes policiais.
Vestidos com uniformes de polícia de intervenção, escoltaram a deslocação dos apoiantes da EDL na cidade para evitar distúrbios e confrontos.
Perto, em Whitechapel, concentraram-se várias centenas de pessoas numa contra manifestação organizada pela Unite Against Fascism, um coletivo anti-fascista.
Algumas exibiam retratos de Anders Breivik, o autor confesso dos atentados de Julho na Noruega, que reivindicou ligações com elementos da EDL.
Mas os dois grupos ficaram separados por várias filas e carrinhas de polícias e o dia terminou sem violência.
Criada em 2009, a EDL tem-se destacado pela organização de manifestações noutras cidades inglesas, algumas das quais resultaram em confrontos e distúrbios.