Confrontos têm vindo a aumentar de intensidade nas últimas horas.
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As manifestações de "coletes amarelos" juntaram este sábado, pelas 15h locais (14h de Lisboa), 25 mil pessoas em toda a França, segundo a polícia.
As autoridades recordaram que o 'pico' de participação foi registado no sábado passado, quando foram para a rua 32 mil pessoas, para exigir alterações políticas.
"A situação é tensa, especialmente em Paris, onde há ações violentas contra a polícia, tentativa de entradas forçadas em autarquias - Montpellier, Troyes -, no Tribunal de Primeira Instância de Avignon e tensões esta manhã em Beauvais", acrescentou a polícia.
Na oitava mobilização do protesto, a tensão, as chamas e o cheiro a queimado aumentaram, pelas 16h15 locais (15h15 em Lisboa), na margem sul do rio Sena, em Paris.
Os agentes policiais dispersaram as centenas de manifestantes da zona junto ao museu de Orsay, mas os "coletes amarelos", que têm exigido mudanças de políticas, deslocaram-se para a restante margem esquerda do rio Sena, como a Lusa tem acompanhado no local.
Ao longo da avenida Saint Germain, as chamas eram visíveis, à medida que os manifestantes ateavam fogo a caixotes do lixo e a veículos.
Apesar de estarem no local, os bombeiros não conseguem desempenhar as suas funções, porque os manifestantes enchem a artéria.
Conforme a Lusa testemunha no local, a maioria dos manifestantes é jovem, está encapuzada e há muito que se deixou de generalizar que todos pertencem ao mesmo movimento de contestação. É que uns nem fazem questão de usar o colete amarelo e parecem estar no local para incentivar e participar em escaramuças.
O Governo francês acusou na sexta-feira o movimento dos "coletes amarelos" de estar a ser instrumentalizado por grupos de agitadores que pretendem derrubar o executivo.