Manifestantes líbios forçaram o encerramento de um dos principais terminais petrolíferos no leste do país pelo quarto dia consecutivo, afirmou o vice-ministro do Petróleo.
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«A [equipa de] gestão do terminal e porto petrolífero de Zueitina decidiu encerrar as operações no sábado para evitar riscos», disse Omar Shakmak à agência noticiosa France Presse.
Acrescentou que a decisão foi tomada depois de manifestantes que exigiam emprego e benefícios de saúde terem entrado no terminal e obrigado à interrupção das operações.
As manifestações continuaram durante o dia de hoje, com cerca de 120 pessoas, especificou.
«Não temos mais perdas para além da produção», afirmou Shakmak, que salientou o facto de em Zueitina haver uma produção diária de 60 mil barris de petróleo.
Estima-se que a Líbia exporta cerca de 20 por cento do seu petróleo por este porto.
O terminal de Zueitina situa-se a 145 quilómetros de Bengasi, berço da revolução que depôs Muammar Kadhafi.
A produção petrolífera da Líbia já regressou ao nível anterior ao conflito, de 1,6 milhões de barris diários.
Mas as instalações petrolíferas tornaram-se o foco dos protestos e contestações depois das eleições de julho, que escolheram os primeiros dirigentes eleitos do país.
Shakmak condenou «o uso das operações e dos terminais de petróleo para pressionar o governo».
Sem uma polícia efetiva nem forças armadas, as novas autoridades estão a procurar cooptar e conter os grupos armados nascidos da guerra civil de 2011.