Reconhecendo que as negociações desta semana em Bruxelas vão ser difíceis, a ministra Assunção Cristas considera que se se mantiverem os valores conquistados no ano passado «é bom».
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Na véspera do Conselho Europeu de pescas, no qual são negociados os totais admissíveis de captura para o próximo ano, a ministra da Assunção Cristas baixou as expectativas em relação a um possível aumento da cota atribuída a Portugal.
«O ano passado tivemos um aumento de seis por cento nas quotas, foi muito bom, este ano, se tivermos isso em consideração, se conseguirmos manter o mesmo nível é bom», afirmou.
Em relação ao bacalhau, que tem estado envolto em polémica com possibilidade de serem utilizados químicos no processo de secagem, que de acordo com os especialistas altera o sabor e a textura do bacalhau tradicional, a ministra afirma que Portugal está a trabalhar do ponto de vista técnico, político e diplomático para manter inalterado o método de cura do bacalhau para o diferenciar do bacalhau com secagem com químicos.
No final do encontro com o Comissário Europeu para a Defesa do Consumidor, Assunção Cristas mostrou-se confiante numa decisão favorável para Portugal.
«A Comissão está sensibilizada, aliás este dossier não se fechou porque Portugal foi insistindo para o manter em aberto e para negociar esta exceção. Creio que teremos bom resultado nessa matéria», comentou Assunção Cristas, que ainda assim não espera uma decisão rápida.
Os ministros da Agricultura e Pescas da União Europeia iniciam esta terça-feira a habitual reunião de final de ano com a discussão dos totais admissíveis de capturas (TAC) e respetiva repartição nacional (quotas) para 2013.