Em entrevista à rádio francesa RTL, o primeiro-ministro diz que o povo francês precisa "estar preparado para a possibilidade de novos ataques" terroristas.
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Manuel Valls sublinha que, nos últimos meses, os serviços de informação da República impediram cinco atentados terroristas e os ataques de sexta-feira 13 estavam no radar da polícia, mas foi impossível determinar a data.
O chefe do governo francês revelou que sabiam da existência de "operações que se preparavam e ainda se preparam não apenas contra a França mas contra outros países europeus", e por isso, "nós vivemos e vamos viver durante muito tempo com esta ameaça terrorista e precisamos estar preparados para novos ataques", avisa Manuel Valls.
Em relação às interpelações desta madrugada em diversas cidades francesas, o primeiro-ministro adianta que "usamos as possibilidades que nos dá o estado de emergência. São buscas administrativas durante todo o dia e isso permite à polícia interpelar todos aqueles que estão em movimentos radicais e jihadistas. Mostramos assim não só vontade de combater o terrorismo mas todos aqueles que estão ligados a estes movimentos do islamismo radical que mostram o ódio contra a República".
Sobre os raides aéreos franceses contra o autodenominado Estado Islâmico, Manuel Valls é cauteloso na abordagem. O primeiro-ministro francês diz apenas que "os dois objetivos visados pelo nosso ataque foram destruídos. Nós vamos atuar para destruirmos o Estado Islâmico sem contemplações".