Marcelo reage a polémica e diz que ataque do Hamas é "pretexto que não facilita finalidade de ter dois Estados"
O Presidente da República lembrou que o direito humanitário vale para todos.
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Depois de ter dito que alguns palestinianos "não deviam ter começado" esta guerra com Israel, aconselhando-os a serem moderados e pacíficos, o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, esclareceu que, "neste caso específico", o ataque terrorista "serviu de um pretexto" que não facilita o objetivo de ter um Estado palestiniano e um Estado israelita.
"Dava pretexto àqueles que são adversários disso. Depois até acrescentei que felizmente os palestinianos, como um todo, não se podem confundir com o ataque terrorista de um grupo muito específico. A palavra é sempre a mesma, Portugal tem a mesma posição sempre. Portugal acha que devem haver dois Estados: o Estado palestiniano e o Estado israelita, que devem conviver pacificamente. Portugal apoiou sempre isso e apoia tudo o que contribui para isso em termos de paz", esclareceu Marcelo.
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Questionado pelos jornalistas se o pedido de moderação que referiu também é válido para Israel, o chefe de Estado lembrou que o direito humanitário vale para todos.
"Quer aqueles que realmente desencadeiam atos terroristas como o que foi o primeiro nesta fase mais recente, quer naquelas atuações que sacrificam vítimas inocentes. Têm em comum uma coisa que é condenável: é intolerável haver a ideia da culpa coletiva. Isso é inaceitável porque é cair em cima de vítimas, sejam quem forem. Francisco Louçã disse isso em relação ao ataque do Hamas, mas obviamente aplica-se a todos aqueles que acabem por ter atuações que vão sacrificar vítimas inocentes em homenagem à ideia de uma responsabilidade coletiva", acrescentou o Presidente da República.
No fim da conversa de Marcelo com o chefe da missão diplomática da Palestina em Portugal, Nabil Abuznaid manifestou-se desapontado com as palavras do Presidente português.
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