O Comité norueguês do Nobel anunciou distinguiu a líder da oposição ao regime de Maduro “pelo seu trabalho incansável na promoção dos direitos democráticos do povo da Venezuela e pela sua luta para alcançar uma transição justa e pacífica da ditadura para a democracia”
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A líder da oposição venezuelana María Corina Machado admitiu estar “em choque” por ter recebido o Prémio Nobel da Paz, atribuído esta sexta-feira em Oslo, num vídeo enviado pela sua equipa de imprensa à agência de notícias francesa AFP.
“Estou em choque!”, ouve-se Maria Machado a dizer a Edmundo González Urrutia, que a substituiu como candidato nas últimas eleições presidenciais devido à sua inelegibilidade política.
“O que é isto? Não acredito. Não tenho palavras”, insiste a líder da oposição, de 58 anos, que vive escondida na Venezuela.
O Comité norueguês do Nobel anunciou esta sexta-feira que o Prémio Nobel da Paz 2025 foi atribuído à opositora venezuelana María Corina Machado “pelo seu trabalho incansável na promoção dos direitos democráticos do povo da Venezuela e pela sua luta para alcançar uma transição justa e pacífica da ditadura para a democracia”.
“Enquanto líder do movimento pela democracia na Venezuela, María Corina Machado é um dos exemplos mais extraordinários de coragem civil na América Latina nos últimos tempos”, sublinhou o Comité.
Nascida em 1967, na Venezuela, María Corina Machado é uma das principais vozes da oposição democrática ao regime de Nicolás Maduro, tendo sido candidata favorita à vitória nas eleições presidenciais de julho de 2024.
No entanto, foi impedida de concorrer quando, em janeiro de 2024, o Supremo Tribunal de Justiça, alinhado com o Governo de Maduro, a proibiu de ocupar cargos públicos durante 15 anos.