O primeiro-ministro espanhol e líder do Partido Popular garante que não tem nada a esconder e que nunca, nem no PP nem fora do partido, recebeu dinheiro ilegal.
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É a primeira reação ao caso do alegado financiamento ilegal a dirigentes do Partido Popular (PP), o chamado caso "Bárcenas".
«É falso. Nunca recebi nem distribui dinheiro negro neste partido ou em qualquer lado. É falso. Tudo o que se disse e o que se pode insinuar é falso. E digo-o com toda a serenidade. Não tenho nada a esconder», afirmou Mariano Rajoy, chefe do Governo espanhol e atual presidente do PP.
Rajoy anunciou ainda a intenção de publicar a sua declaração de impostos e bens patrimoniais. O primeiro-ministro espanhol afirmou que pretende «máxima transparência, a facilitar tudo o que seja necessário para que se clarifique a verdade e a mostrar tudo para que não fique sobre esta questão a menor sombra de dúvida».
A indignação em Espanha sobre este caso tem subido de tom, com as redes sociais a serem inundadas com apelos à demissão do primeiro-ministro para que se demita. Em menos de 24 horas, a petição que exige a demissão de Mariano Rajoy, ultrapassa já o meio milhão de assinaturas.
O jornal espanhol El País publicou ontem o que identifica como «os papéis secretos de (Luis) Bárcenas», o ex-tesoureiro do PP, que, alegadamente, demonstram pagamentos regulares aos principais dirigentes do partido entre 1990 e 2009.
Os documentos obtidos pelo jornal incluem também referências manuscritas a doações ao partido de alguns dos principais empresários espanhóis, nomeadamente do setor da construção.
Nesses documentos estão referidos os nomes de Mariano Rajoy, da secretária-geral do PP, María Dolores de Cospedal, entre outros elementos importantes do Partido Popular.