Marinha italiana diz que foi «evitada tragédia». Barco à deriva com 970 refugiados
«Foi evitada uma tragédia». É a convicção do comandante da guarda costeira italiana, que esta manhã, dirigiu as operações para levar um cargueiro à deriva até ao porto de Gallipoli, no sul de Itália.
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A bordo, estavam 970 imigrantes, a maioria refugiados sírios e curdos. O cargueiro, de bandeira da Moldávia, tinha saído da Turquia e tinha como destino a Croácia, quando foi abandonado pela tripulação.
Um dos passageiros emitiu um sinal SOS que foi detetado pela Marinha da Grécia e de Itália. A policia e a Cruz Vermelha italianas montaram uma operação para receber os imigrantes clandestinos, com ambulâncias e tendas.
O comandante da guarda costeira italiana, Fillippo Marino,em declarações à Rai News, sublinha que se evitou o pior.
A embarcação, "Blue Sky", com pavilhão da Moldávia, chegou ao porto de Gallipoli, na província meridional de Lecce, às 3:15h e após atracar começaram a desembarcar as pessoas que transportava, informaram os media locais.
O alcaide de Gallipoli, Francisco Errico, comunicou que poderia haver mortos no barco, apesar de ainda não haver dados oficiais sobre as vítimas.
O aviso à Grécia proveio das autoridades italianas, que receberam uma chamada na linha de emergência europeia 112.
Posteriormente, o serviço grego da guarda costeira informou que o barco se dirigia para águas territoriais italianas, aparentemente sem problemas.
O barco havia sido localizado a três milhas náuticas a sul da ilhota de Ozoni, a norte da ilha grega de Corfu, no meio de condições meteorológicas adversas.
O pedido de ajuda ocorreu numa zona marítima próxima do lugar onde aconteceu no domingo o acidente do ferry italiano "Norman Atlantic", em que morreram pelo menos 11 pessoas e ainda suspeita de que pode haver dezenas de desaparecidos.