O ex-comissário europeu, indigitado pelo Presidente Giorgio Napolitano para formar o novo governo de Itália, já alcançou um acordo com os partidos políticos com representação parlamentar.
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A revelação foi feita pelo secretário da Confederação italiana dos Sindicatos dos Trabalhadores, Raffaele Bonanni, após um encontro com Monti, que deverá hoje concluir as consultas com as principais forças políticas e parceiros sociais.
«[Mário] Monti afirmou que já alcançou um acordo com as principais forças políticas, para ter o apoio de uma sólida força parlamentar, e estará pronto a apresentar uma lista de ministros», afirmou Bonanni, em declarações à comunicação social, em Roma.
O economista «falou dos seus objectivos e adiantou que a lista de ministros está quase pronta», referiu o presidente da Rede de Empresas de Itália, Iván Malavasi, também em declarações aos jornalistas, depois da reunião com Mário Monti.
A par de Malavasi e Bonanni, que expressaram o seu apoio ao ex-comissário europeu, a presidente da confederação industrial italiana (Confindustria), Emma Marcegaglia, também foi hoje recebida por Mário Monti.
«O professor Monti disse que quer criar rapidamente um governo para tirar a Itália de uma situação de emergência», comentou Marcegaglia, adiantando que os objectivos do ex-comissário europeu estão centrados no crescimento económico e no estabelecimento de bases de desenvolvimento do país para a próxima década.
Marcegaglia escusou-se a comentar a sua possível nomeação para o futuro executivo.
Fontes parlamentares, citadas pela comunicação social italiana, asseguram que Monti poderá anunciar a lista de ministros ainda hoje à noite ou, o mais tardar, na quarta-feira de manhã.