O novo primeiro-ministro italiano, de 68 anos, é um homem conhecedor da politica europeia, tendo sido comissário europeu durante dez anos, e é conhecido pelo rigor e pela capacidade negocial.
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Rigoroso, racional e prudente, Mario Monti, ou "Super-Mário" como é conhecido em Itália, é classificado pelos analistas como um europeísta.
A alcunha que lhe juntou "Super" ao nome próprio vem da altura em que foi comissário europeu em duas pastas de peso - Comércio e Competitividade - e ficou conhecido pela guerra contra a General Electric e pela multa de 497 milhões de euros aplicada à Microsoft por violação da lei anti-monopólio.
O estilo e a postura levam a que seja considerado mais anglo-saxónico do que italiano. O próprio economista assumiu algumas vezes preferir a política europeia à italiana, afectada por eternas divisões.
Em 2001, disse mesmo nunca ter manifestado boa disposição em relação a algum partido italiano. Nesse mesmo ano recusou o cargo de ministro dos Negócios Estrangeiros e em 2004 foi a pasta da Economia a motivar nova recusa.
Mario Monti nasceu em Veronese em 1943, estudou num colégio jesuíta de Milão, doutorou-se em Ciências Económicas e Comerciais pela Universidade de Bocconi e estudou também em Yale, nos Estados Unidos, onde foi discípulo de James Tobin, vencedor de um Prémio Nobel da Economia.
O novo primeiro-ministro italiano é ainda conselheiro internacional do Goldman Sachs e da Coca Cola.