A deputada europeia eleita pelo Bloco de Esquerda esteve em Paris na quinta-feira para participar num encontro sobre populismo.
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Marisa Matias esteve em Paris e não fugiu à questão colocada pela TSF sobre em quem votaria na segunda volta das eleições presidenciais francesas. "Se aqui estivesse votaria Macron, mesmo que a contragosto, porque não pode ser Marine Le Pen a presidente de França. Macron foi ministro de Hollande, um dos mais presentes, dos mais carismáticos, não necessariamente no bom sentido. Seja como for, não teria dúvidas em quem votar".
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Vença quem vencer, a deputada europeia frisa que será sempre a primeira vez que França vai ter um presidente que não tem uma correspondência partidária direta. "Esperando que seja Macron, vai ter de haver uma reconfiguração profunda. A crise que o sistema político francês atravessa traduz-se não apenas nestas eleições, mas até no próprio sistema político mais vasto.
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Sobre Jean-Luc Mélenchon, o candidato que a eurodeputada apoiou na primeira volta, Marisa Matias admite que este devia ter sido mais claro no apelo ao voto em Macron, mas justifica-o. "Nunca demonstrou nenhum entusiasmo em relação a Macron e nunca o escondeu, mas foi o candidato que mais se bateu contra Marine Le Pen durante a primeira volta e isso é uma enorme injustiça se não lhe for reconhecido. Pura e simplesmente seguiu a lógica da campanha, de uma consulta de base, e não fazia sentido que a noite eleitoral fosse diferença. Seja como for, poderia ter sido mais explícito, mais claro e creio que se não o fez foi por achar que não seria necessário, mas penso que agora essa mensagem já está clara".
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