A retirada da população será feita a partir de três pontos por autocarros municipais e em transporte privado, seguindo os todos veículos em coluna.
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A Câmara Municipal de Mariupol anunciou, este domingo, uma nova tentativa de evacuação da cidade, a partir das 12h00 locais (10h00 em Lisboa), depois de os esforços anteriores terem sido adiados por violações do cessar-fogo por parte da Rússia.
"A partir das 12h00 (10h00 em Lisboa) começa a evacuação da população civil", avança a autarquia em comunicado citado pela AFP.
De acordo com o Centro de Coordenação da Administração Civil-Militar Regional de Donetsk, Pavel Kirilenko, para o efeito será estabelecido hoje um cessar-fogo humanitário entre as 10h00 locais (08h00 em Lisboa) e as 21h00 (19h00 em Lisboa).
A retirada da população da cidade, de 450 mil habitantes, será feita a partir de três pontos por autocarros municipais e em transporte privado, seguindo os todos veículos em coluna, indicou a câmara de Mariupol.
"É estritamente proibido qualquer desvio da rota do corredor humanitário", sublinhou a autarquia, acrescentando que uma escolta da Cruz Vermelha encabeçará a coluna de veículos.
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A câmara apela ainda aos automobilistas que deixam a cidade para que contribuam para a retirada da população civil tanto quanto lhes seja possível, transportando consigo outras pessoas e que "abasteçam os veículos o máximo possível".
A retirada dos habitantes de Mariupol, porto estratégico ucraniano cercado por forças russas que conseguiu um cessar-fogo para a abertura de corredores humanitários, foi adiada no sábado devido a várias violações russas da trégua.
A retirada de civis, que deveria ter começado na manhã de sábado, "foi adiada por razões de segurança", já que as forças russas "continuam a bombardear Mariupol e os seus arredores", explicou o município, numa mensagem divulgada na rede Telegram.
O controlo de Mariupol é estratégico para a Rússia, uma vez que permite uma continuidade territorial entre as forças vindas da Crimeia e as que chegam dos territórios separatistas pró-russos da região de Donbass.
A Rússia lançou, na madrugada de 24 de fevereiro, uma ofensiva militar à Ucrânia e as autoridades de Kiev contabilizaram, até ao momento, mais de 2.000 civis mortos, incluindo crianças. Segundo a ONU, os ataques já provocaram mais de 1,2 milhões de refugiados.
A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas para isolar ainda mais Moscovo.
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* Notícia atualizada às 09h53