Em declarações à TSF, o primeiro-ministro holandês, grande vencedor das eleições legislativas, disse encarar este resultado "com sentido de dever".
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"Sinto-me muito orgulhoso mas é também uma obrigação cumprir esta enorme tarefa que os holandeses nos deram", foi esta a declaração de Mar Rutte ao repórter da TSF João Francisco Guerreiro, quando saia do quartel-general onde acompanhou a noite eleitoral.
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Uma jornada vitoriosa para o líder conservador. Ele afirmou no discurso que a sua vitória nas eleições legislativas de hoje trava "o populismo errado" do candidato de extrema-direita, Geert Wilders.
"Após o 'Brexit' e após as eleições nos Estados Unidos, a Holanda disse 'para' ao populismo errado", afirmou o líder do Partido Popular para a Liberdade e a Democracia (VVD, de direita), dirigindo-se a apoiantes, que acompanham a noite eleitoral, em Haia.
Mark Rutte referia-se à decisão dos britânicos de sair da União Europeia e à escolha do novo Presidente norte-americano, Donald Trump.
De acordo com as primeiras sondagens à boca das urnas, o partido liberal liderado pelo primeiro-ministro holandês, Mark Rutte, deverá vencer as eleições legislativas, com 31 dos 150 lugares no parlamento, remetendo o partido de extrema-direita de Geert Wilders para segundo lugar, ao lado de outras duas formações políticas - cada um, com 19 deputados eleitos.
Os resultados oficiais só daqui a seis dias.
Sobre os grandes derrotados das legislativas de hoje, os trabalhistas, que estão na atual coligação governamental, Rutte revelou que tinha falado com o líder do PvdA, Lodewijk Asscher. O partido terá passado, segundo as projeções, dos atuais 38 deputados para apenas nove.
"Estivemos durante quatro anos e meio juntos numa aventura. Desejava-lhes um resultado diferente, afirmou o primeiro-ministro sobre os sociais-democratas.