A epidemia da gripe levou o Ministério da Saúde a adoptar novas medidas de prevenção de contágios.
Corpo do artigo
As máscaras voltaram a ser obrigatórias nos hospitais e nos centros de saúde em Espanha. A medida foi tomada pelo Ministério de Saúde para fazer frente à epidemia de gripe, que tem provocado o colapso de alguns hospitais face ao aumento dos internamentos.
A medida já tinha sido adoptada por um terço das comunidades autónomas e o ministério veio agora impor a sua obrigatoriedade para o resto das regiões.
“O Ministério da Saúde vai emitir uma ordem comunicada às comunidades autónomas estabelecendo o carácter obrigatório do uso das máscaras nos espaços de saúde. A obrigação pode passar a recomendação nas comunidades que apresentem dados de descida da incidência acumulada nas duas últimas duas semanas de infeções respiratórias agudas”, explicou a ministra da Saúde, Mónica Garcia.
Assim, nas Comunidades Autónomas que registem uma descida da incidência durante duas semanas seguidas, a máscara deixa de ser obrigatória e passa a ser apenas recomendável.
Hoje, nos centros de saúde, a máscara era já presença habitual no rosto de todos. “Parece-me bem. Há muita gripe, muito vírus à solta e, se é uma proteção, que também não custa nada usar... Estou de acordo”, diz Maria, de 62 anos, antes de entrar no centro de Saúde de Legazpi.
A maioria dos cidadãos aderiu à medida sem problema e alguns defendem, até, que deveria ter sido tomada há mais tempo. “Aqui nos centros de saúde, onde há mais probabilidade de contágio e mais pessoas doentes, o uso de máscara parece-me normal e lógico”, considera Fernando de 69 anos. “Isto devia ter sido feito até antes das pessoas estarem doentes e dos contágios estarem tão espalhados”.
Incidência a descer
Os últimos dados, disponibilizados na tarde desta quinta-feira pelo Instituto Carlos III, revelam que o pico dos contágios já deve ter sido atingido e que estes começam agora abaixar.
Na semana passada, a epidemia de gripe alcançou os 448 casos por 100.000 habitantes e esta semana houve uma descida de 10%, para os 387 casos por 100.000 habitantes.
O mesmo aconteceu com os demais vírus respiratórios. Se há uma semana a incidência era de 952 casos por 100.000 habitantes, esta semana é de 935 casos por 100.000 habitantes.
Em termos de Comunidades, Castilla La Mancha, Aragão e Comunidade Valenciana continuam a ser as mais castigadas.