O mau tempo que atinge a região do Cabo Ocidental impediu, esta quinta-feira, a primeira-dama norte-americana Michelle Obama de visitar a ilha-museu de Robben Island, onde o regime do Apartheid deteve centenas de presos políticos.
Corpo do artigo
Ventos fortes e mar com forte ondulação, típicos nos Invernos da Cidade do Cabo, obrigaram as autoridades a comitiva de Michelle Obama a cancelar a viagem por ferry de cerca de 12 quilómetros até à ilhota onde Nelson Mandela esteve preso durante 18 anos.
A primeira dama, acompanhada das duas filhas e da mãe, acabaram por percorrer a zona da Cidade do Cabo conhecida por "Distrito Seis", e que, por ter sido palco de algumas das mais chocantes injustiças do antigo regime, faz hoje parte dos roteiros turísticos da região.
Na zona de Woodstock, Michelle e comitiva almoçaram no emblemático restaurante "The Kitchen", tendo permanecido no local durante cerca de 40 minutos, antes de se deslocar para uma reunião com funcionários governamentais da área da educação e muitos estudantes de comunidades desfavorecidas da província.
Ao fim da tarde, a primeira-dama deverá encontrar-se com o arcebispo emérito Desmond Tutu, ex-chefe da igreja anglicana no Cabo Ocidental e um dos símbolos maiores da resistência contra o Apartheid, no novo estádio da cidade, construído para o campeonato mundial de futebol de 2010.
Na quarta-feira, em Joanesburgo, Michelle Obama visitou a igreja Regina Mundi, no Soweto, onde discursou perante mais de dosi mil jovens e crianças sul-africanas, tendo-as exortado a «tomarem o destino nas próprias mãos» inspiradas no slogan "Yes We Can", que ficou como imagem de marca da eleição do marido para a Presidência americana.