O mau tempo obrigou hoje as autoridades indonésias a suspender as operações de resgate dos corpos dos passageiros do avião da AirAsia, que se despenhou, no domingo, no Mar de Java, com 162 pessoas a bordo.
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Mais de 48 horas depois de o Airbus A320-200 ter desaparecido dos radares, após ter descolado da segunda maior cidade indonésia, Surabaia, com destino a Singapura, as buscas aéreas permitiram encontrar, esta terça-feira, destroços do aparelho e corpos a flutuarem no Mar de Java.
«Estamos com mau tempo agora. As chuvas e os ventos impediram-nos de retomar a operação esta manhã», disse o coordenador das operações de resgate da Força Aérea, S.B. Supriyadi, à agência AFP.
O chefe da Agência de Busca e Resgate da Indonésia, Bambang Soelistyo, informou hoje, em conferência de imprensa, que seis corpos foram recuperados, incluindo o de uma mulher com uniforme da tripulação.
«Mal o tempo abra, os corpos serão trazidos para Pangkalan Bun», a cidade com a pista de aterragem mais próxima do local do acidente, reiterou.
Segundo S.B. Supriyadi, centenas de pessoas, do exército, polícia e da agência de resgate, estavam de prontidão à espera que o tempo abra em Pangkalan Bun.
O avião da companhia de baixo custo malaia AirAsia despenhou-se no Mar de Java, a sudoeste da ilha do Bornéu.
Um porta-voz da Marinha disse à agência noticiosa francesa na terça-feira que mais de 40 cadáveres foram resgatados, mas mais tarde afirmou que a informação resultou de uma falha de comunicação por parte do seu pessoal. Durante as buscas de terça-feira, um avião detetou uma "sombra" no fundo do mar que se acredita ser da aeronave da AirAsia, local onde se concentram atualmente todos os esforços, explicou Soelistyo. O Presidente indonésio, Joko Widodo, encontrou-se com os familiares dos passageiros em Surabaia, na terça-feira, onde foi montado um centro da crise, prometendo garantir uma busca massiva. O dono da AirAsia, Tony Fernandes, também visitou o centro, afirmando estar a viver o seu "pior pesadelo".