Estima-se que, cada dia, cheguem a Munique cerca de quatro centenas de refugiados. Depois de atravessarem todo o tipo de dificuldades até chegarem à Alemanha, são muitos os que precisam de cuidados médicos.
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O contentor branco ainda não completou um mês de existência, mas já antes a associação Médicos do Mundo trabalhava com refugiados junto à estação central de comboios de Munique (em Hackerbrücke). Iam com mochilas à procura deles, ofereciam ajuda. A desconfiança e a dúvida foram desaparecendo e, nas últimas semanas, já são procurados por quem precisa de ajuda.
"O boca a boca teve resultado", explica a relações públicas da Médicos do Mundo em Munique, capital da Baviera. A maior parte das vezes os cuidados prestados são primários, medicamentos para a dor de cabeça, para aliviar uma constipação, mas Ute Zurmühl admite que já tiveram um ou outro caso grave que teve que ser conduzido para o hospital.
O símbolo azul da Organização Não Governamental identifica o contentor branco. Quem sai da estação encontra-o sem qualquer esforço. Começaram por trabalhar neste ponto da cidade duas vezes por semana, mas a procura disparou e foi necessário aumentar para três. São cerca de 20 os médicos que ajudam voluntariamente cerca de três a quatro dezenas de refugiados por dia.
"O milagre alemão" é um conjunto de reportagens que vai poder ouvir na TSF de segunda a sexta-feira, nos noticiário da manhã e, à tarde, depois das notícias das 18h00. Um trabalho de Joana de Sousa Dias, como sonorização de Miguel Silva e edição vídeo de Ana António.