A organização internacional diz que não pode aceitar apoio financeiro "ao mesmo tempo que tratamos as vítimas das suas políticas".
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Em causa está o acordo entre a União Europeia e a Turquia, que prevê que todos os migrantes que entrem ilegalmente na Grécia sejam devolvidos a território turco para conter o fluxo de refugiados que chegam à Europa.
A organização internacional Médicos Sem Fronteiras diz que este acordo "é o mais recente de uma longa linha de políticas que vão contra os princípios fundamentais que permitem que seja prestada assistência às pessoas que realmente precisam". Jerome Oberreit, secretário-geral da organização, lembra que "isto é pôr em causa o próprio conceito de refugiado".
Por isso, a organização humanitária decidiu que vão deixar de aceitar financiamento da União Europeia ou de qualquer um dos estados membros.
Na rede social Twitter, os Médicos Sem Fronteiras dizem que não podem aceitar apoio financeiro europeu "ao mesmo tempo que tratamos as vítimas das suas políticas".
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A organização rejeita "a instrumentalização da ajuda humanitária", diz que não pode aceitar dinheiro dos governos que o fazem e diz que até surjam medidas "orientadas para as pessoas e focadas nas suas necessidades reais" não vão aceitar apoio da União Europeia.
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Os Médicos Sem Fronteiras garantem que nenhum dos seus pacientes será afetado por esta decisão. "Vamos usar fundos de emergência para manter os nossos projetos a funcionar".