Médio Oriente: ministro pede que se evite viagens perante "situação extremamente grave"

Em relação aos portugueses residentes na região, Paulo Rangel salientou que "aqueles que quiserem regressar têm sempre soluções para regressar"
Tiago Petinga/Lusa (arquivo)
"É de reforçar o apelo a que os portugueses, seja em turismo, seja em negócios, a não ser em caso de estrita necessidade, não se desloquem a estas regiões, porque o risco de haver eventos muito graves é enorme", declara Paulo Rangel
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O ministro dos Negócios Estrangeiros reiterou esta segunda-feira o apelo aos portugueses para que evitem viajar para países do Médio Oriente como Líbano, Israel e territórios palestinianos ocupados, perante a "situação extremamente grave" na região.
"Eu penso que a escalada agora está num ponto ainda mais grave do que esteve há meses e, portanto, é de reforçar o apelo a que os portugueses, seja em turismo, seja em negócios, a não ser em caso de estrita necessidade, não se desloquem a estas regiões, porque são regiões onde, obviamente, o risco de haver eventos muito graves é enorme", declarou Paulo Rangel aos jornalistas, num hotel de Nova Iorque.
O ministro, que falava antes de um almoço com representantes de países da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), à margem da 79.ª sessão da Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), foi questionado em particular sobre a situação no Líbano.
"Para nós, a escalada, de facto, na zona do Líbano, de Israel, da Palestina, no fundo, no Próximo Oriente e no Médio Oriente é altamente preocupante. Portanto, Portugal está muito preocupado", respondeu.
O ministro referiu que para o Governo português "também a atuação de Israel nos colonatos na Cisjordânia é condenável" e que "essa não é uma posição nova, é uma posição que Portugal sempre teve sobre a expansão dos colonatos".
"Isso está a originar também reações por parte do Hezbollah, que é uma força terrorista, não há como não o dizer, mas evidentemente estamos numa situação extremamente perigosa", considerou.
Em relação aos portugueses residentes na região, Paulo Rangel salientou que "aqueles que quiserem regressar têm sempre soluções para regressar".
"Mas o apelo que eu faço é todos os outros, isto é, não aqueles que aí residem, com os quais nós estamos em contacto e temos, enfim, com eles, digamos, uma relação permanente já há vários meses, é para aqueles que pensam deslocar-se para essa região", acrescentou, desaconselhando viagens "a não ser em caso de estrita necessidade". "Este é uma alerta que está dado pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros desde abril", recordou.
