A chanceler alemã disse que o acordo alcançado esta madrugada pelos líderes da zona euro sobre medidas a curto prazo para ajudar economias em crise não é isento de contrapartidas.
Corpo do artigo
«Penso que conseguimos algo de importante, mas mantivemo-nos fiéis à nossa filosofia: não há ajudas sem contrapartidas», disse Merkel, à entrada do segundo e último dia da cimeira europeia, sem especificar quais.
«Continuamos inteiramente no esquema anterior: prestação, contrapartida, condicionalidade e controlo», sublinhou.
Por seu lado, o presidente francês, François Hollande, disse-se satisfeito com os «bons efeitos» das medidas decididas de madrugada.
Os líderes dos 17 chegaram, numa reunião que se prolongou pela madrugada de hoje, a acordo sobre medidas de curto prazo que Madrid e Roma reclamavam para desbloquear outro dos pontos principais da agenda, um plano de medidas para o crescimento de 120 mil milhões de euros.
A possibilidade de recapitalização da banca e de intervenções dos fundos de resgate para compra de dívida nos mercados foram os compromissos a que os líderes do euro chegaram, e que Espanha e Itália em particular esperam que tranquilizem finalmente os mercados financeiros, baixando as elevadas taxas de juro a que têm sido expostas.