A chanceler alemã cancelou uma deslocação à Tunísia prevista para outubro devido a preocupações sobre segurança, quando a situação no país magrebino permanece muito instável, anunciou hoje um porta-voz.
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O gabinete da líder alemã confirmou a informação divulgada pelo diário Financial Times Deutschland (FTD), sobre a anulação da visita «por mútuo acordo» com o Governo tunisino.
O porta-voz recusou divulgar a nova data prevista para a deslocação, que segundo o FTD deveria ocorrer em 9 de outubro, nem os motivos referidos pelo jornal, que se referiu a uma «tensa situação de segurança» no país do norte de África.
O primeiro-ministro tunisino Hamadi Jebali visitou Berlim em março e na ocasião Merkel assegurou o apoio da Alemanha no processo de construção de uma democracia funcional.
«Tudo o que podemos dizer é que a visita foi adiada a pedido do Governo alemão», informou o porta-voz.
Em 14 de setembro, um ataque de radicais islamitas à embaixada dos Estados Unidos em Tunes provocou quatro mortos e dezenas de feridos.
No mesmo dia, uma multidão saqueou a embaixada alemã em Cartum, capital do Sudão, num dos protestos que inflamaram o mundo muçulmano em protesto contra um filme produzido nos Estados Unidos e que denigre a imagem do profeta Maomé.
Na noite de quarta-feira, e durante um encontro com apoiantes do seu partido conservador, Merkel disse que o Islão é parte integrante da sociedade alemã e apelou à tolerância religiosa entre todas as confissões.