A chanceler alemã criticou hoje a alegada falta de colaboração russa e dos separatistas pró-russos na investigação da queda do voo MH17 da Malaysia Airlines no leste da Ucrânia, não descartando novas sanções.
Corpo do artigo
De acordo com o vice-porta-voz do governo alemão, Georg Streiter, Angela Merkel está preocupada com os problemas que estão a ser levantados durante o processo de resgate dos corpos das vítimas assim como com as restrições que estão a ser colocadas aos peritos internacionais para terem acesso ao local onde o avião se despenhou.
Segundo Streiter, o Kremlin está a mostrar pouco interesse numa resolução rápida da investigação sobre o acidente e não está a pressionar suficientemente os grupos armados pró-russos, que são compostos maioritariamente por ex-membros dos serviços secretos russos.
O porta-voz afirmou que Merkel, que se encontra de férias, apoia a resolução da chefe de diplomacia da União Europeia, Catherine Ashton, manifestada no passado dia 22, de acelerar e aprofundar o estabelecimento de novas sanções contra a Rússia.
Sobre este assunto, um representante do ministério dos negócios estrangeiros alemão afirmou que «até agora a Rússia tem prometido muito e não tem feito nada. Chega».
Streiter também comentou que se deve decidir se a França e o Reino Unido podem finalizar os acordos sobre armamento que mantêm com o governo de Putin.
O objetivo é apoiar a construção de um cessar-fogo na Ucrânia, assim como a realização de um plano de paz proposto pelo presidente ucraniano, Petro Poroshenko.