
Angela Merkel
Reuters
A chanceler alemã inicia, esta terça-feira, uma visita oficial aos Estados Unidos, onde será agraciada por Barack Obama com a mais alta condecoração do país, a Medalha da Liberdade.
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De acordo com um comunicado da Casa Branca, a visita oficial de Angela Merkel «sublinha também a importância fundamental da aliança entre os Estados Unidos e a Alemanha».
O tom elogioso não faz esquecer, porém, que numerosos comentadores internacionais se voltam a interrogar sobre as relações entre Obama e Merkel e sobre a fidelidade de Berlim como parceiro transatlântico.
O facto de Obama ter visitado vários países europeus em finais de Maio, incluindo a vizinha Polónia, deixando a Alemanha fora da lista, contribuiu ainda mais para aumentar os rumores de uma má relação germano-americana.
Na base das dúvidas levantadas quanto ao papel de Berlim na arena internacional está o facto de a Alemanha se ter abstido na votação no Conselho de Segurança das Nações Unidas sobre a acção militar contra o regime de Muammar Kadhafi, na Líbia, alinhando assim com China, Rússia e Brasil, e não com os seus parceiros da NATO, nomeadamente Estados Unidos, Reino Unido e França.
Na altura, a chancelaria federal fez questão de sublinhar que não havia quaisquer dissonâncias entre Merkel e Obama, e que o presidente norte-americano só não esteve em Berlim no seu recente périplo europeu porque entretanto já estava agendada a visita da chanceler a Washington em Junho.