À chegada a Bruxelas, a chanceler alemã alertou que ainda há muito trabalho e muitos problemas por resolver, por isso não acredita que as reuniões desta quarta-feira sejam conclusivas.
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Os líderes encontram-se primeiro num Conselho Europeu, a 27, que começou cerca das 18h20 (17h20 de Lisboa) e que deverá prolongar-se por cerca de uma hora, tendo início imediatamente a seguir uma cimeira do Euro, que juntará à mesa os 17 chefes de Estado e de Governo membros da Zona Euro, e na qual é suposto ser finalmente acordado um pacote de respostas que coloquem um travão na crise da dívida soberana na Europa.
À entrada para a reunião, a chanceler alemã, Ângela Merkel, afirmou que «temos diante de nós um outro encontro muito importante, uma série de questões para resolver e as negociações para terminar. O nosso trabalho não está feito, mas espero que todos os que vieram hoje, tenham o objectivo de avançar».
O presidente do Eurogrupo, Jean-Claude Juncker, sublinhou que «estamos a aproximar-nos da verdade. Hoje, temos de tomar decisões sérias. Podemos não ser capazes de escrever todos os detalhes, mas a direcção deve ser completamente clara».
Já o primeiro-ministro britânico, David Cameron manifestou-se «feliz» por estar em Bruxelas «por ser do interesse da Grã-Bretanha resolver esta crise».
«Algumas das questões que estamos a discutir são directamente relevantes para a Grã-Bretanha, em matéria de fortalecimento dos bancos em toda a Europa. Em qualquer caso, precisamos de ter o maior apoio possível para a solução mais abrangente possível e é isso que iremos discutir esta noite», acrescentou David Cameron.
O primeiro-ministro grego, George Papandreou, destacou que «o desafio hoje não é simplesmente salvar o euro, é salvar os ideais que prezamos tanto na Europa, a paz e a cooperação entre as nossas nações, a coesão social e a solidariedade, sem prejuízo entre o nosso povo».
George Papandreou frisou que «os gregos estão a fazer um esforço sobre humano para por a 'casa em ordem', para devolver confiança, viabilidade e prosperidade à nossa economia, e para criar um futuro melhor o povo grego, para o nosso país».