A chanceler alemã defendeu que os líderes dos 17 países da Zona Euro deveriam reunir-se à parte, no quadro da cimeira a 27 que decorre entre quinta e sexta-feira.
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Esta ideia foi defendida à chegada ao Conselho Europeu, em Bruxelas, esta quinta-feira. A tal reunião só poderá ser convocada pelo presidente do Eurogrupo, Jean-Claude Juncker.
Para o jantar informal desta quinta-feira à noite está preparado um debate sobre a situação económica da União Europeia, com especial atenção para a crise da Zona Euro.
Estão em cima da mesa propostas sobre as reformas estruturais e a consolidação orçamental desejadas como forma de garantir o crescimento sustentável.
Nesta cimeira devem ser encontradas soluções que garantam disciplina e convergência, conforme foi anunciado nas últimas semanas tanto a nível institucional, como a nível dos Estados.
Angela Merkel e Nicolas Sarkozy defendem um novo tratado europeu e «sanções automáticas» para os países que não respeitem o limite ao défice de três por cento do PIB.
Já Jean-Claude Juncker vai defender uma proposta que não é muito diferente da do eixo franco-alemão.
O documento, elaborado pela Comissão Europeia, pela presidência do Conselho Europeu e do Eurogrupo, defende uma revisão do protocolo que define o procedimento relativo aos défices excessivos ou simples emendas ao tratado.
Juncker entende que isto pode ser alcançado, até porque dispensa o demorado processo de revisão ao tratado sobre o funcionamento da UE.
O novo chefe do Governo da Bélgica, Elio Di Rupo, que se estreia nestas reuniões, defendeu que o mais importante é encontrar soluções para todos os cidadãos europeus, apelando à solidariedade entre os estados europeus e os cidadãos da Europa.