Em 27 de setembro, depois da passagem do furacão Ian no oeste do país, a totalidade de Cuba ficou às escuras.
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Quase metade da ilha de Cuba está sem eletricidade, devido a uma avaria na rede, anunciou a empresa nacional de eletricidade (UNE), cinco meses depois de um 'apagão' geral.
Sete das 15 províncias do país estão afetadas.
Desde 2022 que a produção elétrica tem vindo a baixar, devido ao mau estado das suas oito centrais elétricas, frequentemente avariadas e paradas mesmo, devido à falta de manutenção.
Em 27 de setembro, depois da passagem do furacão Ian no oeste do país, a totalidade de Cuba ficou às escuras, afetando 11,1 milhões de cubanos.
Os dirigentes cubanos já admitiram que durante a primeira quinzena de outubro de 2022, a produção elétrica baixou para "níveis inéditos, de 37,9%" da capacidade total do país.
Durante este período, os cortes de energia foram em média de 10 horas por dia e por habitante. Contudo, desde dezembro a situação melhorou.
Além das oito centrais termoelétricas Cuba conta também com oito barcos-geradores, alugados a uma empresa turca, bem como algumas unidades de produção de energia solar e eólica.
A lentidão do regresso da eletricidade provocou no início de outubro raras manifestações de descontentamento em vários quarteirões de Havana.
Os cortes de corrente já tinham sido um dos principais motivos das manifestações sem precedente que abalaram o regime em julho de 2021.