Desta vez Michelle Obama não acompanha o marido na deslocação a Portugal, onde vem falar sobre alterações climáticas. Mas, a mulher que muitos gostavam de ver candidatar-se a Presidente dos EUA, também anda pelo mundo a abraçar esta e outras causas.
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Quem é Michelle Obama? "Ex-primeira-dama dos Estados Unidos da América, esposa, mãe, amante de cães e abraçadora de serviço". A descrição é feita na primeira pessoa, na página de Instagram onde partilha com os seus mais de 21 milhões de seguidores as imagens que lhe completam o dia, mas também as fotografias mais íntimas com Barack e com as filhas. A visibilidade que tem nesta rede social é proporcional à dos estudos de opinião que sempre lhe atribuíram uma popularidade muito acima da média.
A história de uma das primeiras-damas mais amadas pelos americanos, começa na eleição do marido para Presidente dos Estados Unidos. E foi precisamente por ter chegado à Casa Branca que o Madame Tussaud decidiu prestar-lhe homenagem com uma estátua, ainda que Michelle sempre se tenha recusado a sempre a ser uma mera figura de cera. Cumpriu sempre com os sorrisos e os acenos - típicos de uma primeira-dama - mas nunca se coibiu de dar também umas boas gargalhadas, de cantar, dançar, sempre, ou quase sempre, por uma boa causa.
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Quem não se lembra do gingar de anca - que ficou uma das suas imagens de marca - no programa de Ellen Degeneres, ao som de "Uptown Funk". A dança da primeira-dama tornou-se viral e contabiliza já mais de 12 milhões de visualizações no YouTube.
Nada foi por acaso. Os dados alarmantes da obesidade infantil nos EUA - que indicam que uma em cada três crianças tem excesso de peso ou sofre de obesidade - levaram Michelle Obama a lançar a iniciativa "Let's move!". Dançar num dos programas de maior audiência nos Estados Unidos tinha como objetivo chamar à atenção para este problema e incentivar a prática de exercício físico, sensibilizando os americanos para uma vida mais saudável.
Michelle compete com o apresentador Jimmy Fallon a propósito da campanha "Let's Move!"
Mas o combate à obesidade não foi a única causa que Michelle Obama abraçou. A educação foi outra bandeira importante para a mulher de Barack Obama, que foi a primeira mulher da sua família a concluir o ensino superior.
Michelle começou por lançar o programa Reach Higher, voltado para jovens prestes a desistir dos estudos e, mais tarde, criou o Let girls learn, que promove e apoia a educação de raparigas de todo o mundo.
Vídeo da campanha Let girls learn
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A pensar nos veteranos de guerra, Michelle criou o programa Joining Forces que apoia os militares e as suas famílias nas áreas da educação, do emprego e do bem-estar emocional.
Casamento ou conto de fadas?
Se a história de amor de Michelle e Barack Obama já foi contada e recontada várias vezes, não é menos verdade que o casal sempre a alimentou publicamente. As trocas de palavras e declarações de amor são uma constante nas redes sociais de ambos, ainda hoje.
https://www.instagram.com/p/BjHhl_lgrQN/?hl=pt
Conheceram-se em 1989, em Chicago, no escritório de advogados onde ambos trabalhavam. Namoraram três anos e casaram. As filhas vieram mais tarde, primeiro Malia e dois anos depois Sasha. Uma das preocupações do casal, sobretudo quando morava na Casa Branca, foi preservar o mais possível a imagem das duas filhas para que conseguissem viver uma infância e uma adolescência "normal", dentro das circunstâncias.
https://www.instagram.com/p/BjImCSAgOAO/?hl=pt
Michelle e as outras mulheres
Feminista assumida, Michelle associou-se, várias vezes, a outras figuras públicas - Beyoncé e Oprah são apenas dois exemplos - para apoiar causas de defesa dos direitos das mulheres. Politicamente, fez questão de estar ao lado de Hillary Clinton nas eleições de 2016 que disputou com Donald Trump e que acabou por perder.
Apesar de muitos lhe reconhecerem dotes para a política, e de já ter sido apontada várias vezes como possível candidata presidencial, Michelle Obama recusou sempre essa ideia, para tristeza de muitos democratas e, seguramente, de muitos americanos que lhe continuam a atribuir uma popularidade muito acima da média.
De resto, as comparações com Melania Trump são inevitáveis. Da roupa aos traços de personalidade, tudo é posto lado a lado e analisado ao pormenor, nos media e nas redes sociais. O caso mais evidente - e que se tornou viral - foi o discurso de Melania na convenção do partido republicano, em Cleveland, em 2016. Várias partes do discurso eram, no mínimo, semelhantes a um discurso que Michelle tinha feito na convenção dos democratas em 2008.
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Becoming: virar as páginas e entrar no mundo de Michelle
A obra promete ser um best seller mundial. Michelle Obama prepara-se para contar a história da sua vida num livro que deve chegar às bancas em novembro de 2018.
https://www.instagram.com/p/BjKXmgqg9Dn/?hl=pt
"Becoming", que traduzido à letra significa "Tornar-se" é o título escolhido pela primeira-dama. A editora promove o livro como "um trabalho de profunda reflexão e uma narrativa hipnotizante". No fundo, é um "convite para o mundo de Michelle Obama".