É uma história que se repete ao largo do mediterrâneo: a crise humanitária na derradeira esperança de quem foge do desrespeito pela condição humana.
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O navio da guarda-costeira italiana com 177 migrantes a bordo que aguarda desde quinta-feira autorização para aportar vai atracar na Catânia, na Sicília, anunciou, esta segunda-feira, o Governo de Itália.
"O navio Diciotti vai atracar na Catânia. Os corajosos homens da guarda-costeira cumpriram o seu dever, salvando vidas humanas a 17 milhas de Lampedusa", escreveu o ministro das Infraestruturas e Transportes italiano, Danilo Toninelli, na rede social Twitter.
O político pediu à União Europeia (UE) que se "apresse a fazer a sua parte", referindo-se ao acordo alcançado na semana passada para o acolhimento dos migrantes do navio humanitário Aquarius por cinco países europeus, entre os quais Portugal.
Horas antes, uma porta-voz da Comissão Europeia, Tove Ernst, disse que Bruxelas está em contacto com Estados-membros para receber os migrantes.
As pessoas a bordo do Diciotti foram salvas na quinta-feira, em águas de Malta, por outras duas embarcações mais pequenas da guarda-costeira italiana, segundo o Ministério do Interior italiano.
Itália pediu a Malta que recebesse o navio, mas Malta recusou e acusou Itália de ter recolhido os migrantes em águas maltesas "só para os impedir de entrar em águas italianas".